segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Flores de Antigamente

 Postais não circulados.



Rochão do Junco


Santa Cruz e o Monte das Cruzes

Conta-se que o nome deste monte se ficou a dever aos frades franciscanos. Em tempos muito remotos, o monte permanecia bravio, como quando a ilha fora descoberta.  Nesse tempo, já os Frades Franciscanos viviam no Convento de São Boaventura, levando uma vida miserável e ajudando o povo sem contrapartidas. Um dia, vendo muita gente a passar fome por falta de terrenos cultiváveis, lembraram-se de serem eles próprios a desbravar aquele monte bravio que todos os dias avistavam, a fim de criar terras lavradias da sua grande encosta para o cultivo do trigo. E logo começaram a árdua tarefa, trabalhando sem parar. Quando o dia chegava ao fim, exaustos e extenuados, ainda conseguiam reunir forças para cortar dois ramos de faia: amarravam-nos em cruz e erguiam-nos no lugar onde tinham terminado a tarefa do dia. Era o símbolo do seu sacrifício, à semelhança do que fizera Jesus no Monte Calvário.
Ao fim de sete anos, estava toda a encosta desbravada. Da Vila, avistava-se agora as muitas cruzes ao céu erguidas. Passou então o povo a chamar-lhe Monte das Cruzes. Durante muitos anos foi local de cultura de trigo, fartura para tanta gente. Depois, fizeram pastagens, mais tarde divididas por bardos de hortênsias. As cruzes, essas, desapareceram com o passar dos anos. O nome ficou para sempre e ainda hoje a cruz permanece na heráldica de Santa Cruz das Flores.





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